sábado, 24 de dezembro de 2011

"Candeeiro" - O Cangaceiro

Lembranças Luminosas de um "Candieiro".
     Manoel Dantas Loyola sobreviveu a Angicos. Na época do cangaço, era conhecido como Candeeiro. Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirma que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto. Hoje com 93 anos de idade, Candeeiro vive como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atende pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. No primeiro combate com os "macacos", Candeeiro foi ferido na coxa. "Era muita bala no pé do ouvido", lembra. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta.

Teve o primeiro encontro com o chefe na beira do Rio São Francisco, no lado sergipano. 

     "LAMPIÃO não gostava de estar no meio dos cangaceiros, ficava isolado.
Quando soube que eu era de Buíque/PE, comentou: 

"sua cidade me deu um homem valente, Jararaca'". 

     CANDEEIRO diz que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destaca que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos, comentou que o local não era seguro. LAMPIÃO, segundo ele, reuniria os grupos para comunicar que deixaria o cangaço. Estava cansado e preocupado com o fato de que as volantes se deslocavam mais rápido, por causa das estradas, e tinham armamento pesado. No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. 

     "Desci atirando, foi bala como o diabo .". Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco". 

     Dias depois, com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costuma dizer que foi "história de sofrimento". Mas ainda é possível perceber a admiração por Lampião. 

     "Parecia que adivinhava as coisas", lembra. 
Só não quis ouvir o alerta dado na véspera da morte, em 1938". 

Obs: O ex cangaceiro CANDEEIRO, ainda é vivo, e mora no município de BUIQUE/PE.

Fonte: Diário de Pernanbuco 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Reportagem Vale do Catimbau - Nordeste Viver e Preservar

     Confira a reportagem da Rede Globo feita por Francisco José sobre o Vale do Catimbau para o programa Nordeste Viver e Preservar. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Conheça um pouco de nossa história

    O município de Buíque começou a ser povoado em 1752, quando ficou conhecido como Campos de Buíque. O nome do local tem origem na linguagem Tupi e significa "Lugar de Cobras". Os naturais de Buíque têm outra versão para a origem do nome - os índios que habitavam essa região utilizavam uma trombeta cujo som produzido se assemelhava ao nome da cidade.Buíque foi elevado à categoria de vila em 1854, com a denominação de Vila Nova do Buíque, desmembrado de Garanhuns. Em 19 de Dezembro de 1874, Buíque, foi elevada à categoria de cidade em 1899.

Trilhas do Vale

     As trilhas percorridas a pé são a atração principal do parque. Nelas encontramos rochas com formas exóticas como uma torre ou um homem, pinturas rupestres com milhares de anos, caminhos de areia e trilhas estreitas entre os paredões - isso sem falar na bela paisagem. Eis algumas das dezenas de trilhas para serem visitadas:
Canyon
    Essa trilha enche os olhos com seus belos chapadões. Com algum tempo de caminhada, geralmente sob um sol forte, se tem essa magnífica visão em que palavras são completamente inúteis...
     Pedras com textura semelhante ao couro de um imenso réptil completam o roteiro dessa trilha encantadora. Na estrada, antes do início do caminho que leva ao Canyon, se tem a imagem de um camelo de pedra (ao lado). Confira por si próprio a trilha do Canyon, mas não esqueça de levar a filmadora ou uma máquina fotográfica.
Igrejinha
     A trilha da Igrejinha mostra uma formação rochosa no mínimo intrigante, parecida com uma igreja (acima - à distância). Seu trajeto também não é longo e é extremamente belo, principalmente no final da tarde (abaixo) e início de noite de lua cheia.
     A paisagem é um espetáculo a parte, mostrando um imensa área azulada pela distância sob a luz do céu dourado da tarde. Esquecer a máquina fotográfica com um lugar poético como este é realmente um pecado.


Pedra das Conchas
     É nesta trilha curta que se tem um encontro com antigas pinturas rupestres, ou seja, pinturas do homem pré-histórico (ao lado). Ao andar alguns minutos em um caminho arenoso.
     Pode-se ter a visão de uma destacada estrutura rochosa (abaixo) com entrecortes e marcas de conchas. Nesta pedra solitária que se impõe na paisagem estão algumas das pinturas que, entre outras coisas, retratavam os costumes dos primeiros habitantes da região, seus desejos, crenças e animais ali encontrados na época.



No Vale do Catimbau também existem outras trilhas encantadoras:
Cerca de Pedras, Brejo Seco, Malhador, Ki-Shel e Gogó da Ema.


Fonte: http://www.chapadoes.vilabol.uol.com.br/vc1.html